Esse texto é especialmente para pais que tem filhos a partir de 8 anos, pois uma preocupação constante é como educar os filhos. E é justamente nessa fase que geralmente começamos a pensar como será quando eles saírem de casa para enfrentar a vida sozinhos.
Ser mãe e pai é viver em uma busca eterna pelo melhor caminho na educação e formação dos nossos filhos.
Como educar nossos filhos?
O mundo está constantemente mudando, e é só olhar o quanto a vida mudou em 2020 para saber que é verdade. Consequentemente, as mudanças e avanços tecnológicos estão cada vez mais rápidos.
Estudos mostram que 65% dos empregos que nossos filhos poderão optar ainda não existem (e muitos nem conseguimos imaginar como serão). É só se pensar nos aplicativos de mobilidade que em menos de 2 anos mudaram a nossa forma de se locomover e vários empregos de motoristas de aplicativo foram criados. Ou os Digital Influencers e YouTubers que eram profissões inexistentes há 10 anos.
E esses estudos dizem ainda mais: 90% dos conhecimentos atuais surgiram apenas nos últimos 5 anos; muito dessa informação está no Google acessível com um click.
O que não tem no Google?
Porém o que não está disponível para se aprender no Google são as habilidades cognitivas, fundamentais no processo de crescimento e desenvolvimento humano. Os especialistas em educação concordam, em unanimidade, que é necessário garantir para essa geração o ensino de criatividade, flexibilidade, empatia, resiliência, autoconhecimento, capacidade de contemplar o belo, engajamento e comunicação, e muito mais!
E o que o mercado de trabalho acha?
Sim, é importante investir na formação acadêmica. Se ter um diploma e inglês fluente hoje já não é mais um grande diferencial, imagine daqui a 10 anos. Mas também é preciso aprender a lidar com diversas tarefas simultâneas e tocar múltiplos projetos ao mesmo tempo, além de aprender a trabalhar em equipe e quem sabe até gerenciar uma. Se você espera que o seu filho tenha ferramentas para se desenvolver, escolher uma carreira e alcançar o máximo de sua capacidade e talento, isso é super importante.
Os especialistas em RH falam que esses jovens precisam pôr essas habilidades em prática desde cedo. Fazer um acampamento, um intercâmbio, uma viagem, principalmente desacompanhados e exercitando sua autonomia, agrega muito ao “currículo” emocional. Essas experiências de viagem visam trazer os viajantes de volta com novos aprendizados, vivências e amigos de todo o mundo.
Experiência longe de casa
Nessa experiência longe de casa, o crescimento pessoal é muito claro, afinal o participante começa a se tornar mais independente, autoconfiante. Além de sair um pouco da bolha social em que a maioria vive. Num intercâmbio isso é ainda mais intenso, pois tem a barreira do idioma, que é mais uma dificuldade a ser vencida. Eles aprendem que tem que se arriscar a falar para conseguir o que querem, seja um sorvete, um jogo de vídeo game, ou fazer uma nova amizade.
O intercâmbio é uma viagem, então está ligada diretamente ao lazer; mas ao mesmo tempo é um aprendizado constante. Sabemos que nosso cérebro absorve melhor o conhecimento com memórias afetivas, visuais e sensoriais. E no intercâmbio temos a oportunidade de aprender vivenciando, seja o idioma, seja por observar as diferenças culturais, etc.
Seja para entrar na faculdade, ser aprovado no estágio ou buscar seu primeiro emprego, ter experiências diversas que estimulem o jovem a desenvolver ou melhorar essas habilidades cognitivas é um diferencial.
Confira 5 atitudes podem ajudar a educar nossos filhos e que um intercâmbio estimula através de vivência e prática:
- Atividades ao ar livre e esportes na infância e adolescência, estimulam a percepção do mundo e ensinam a competir (ganhar e perder), desenvolvem: resiliência, capacidade de contemplar o belo e flexibilidade;
- Hobbies saudáveis: Aprender um idioma, conhecer novos lugares, ouvir música, aprender um instrumento, dançar, ler livros etc. Tudo isso desenvolve cultura, criatividade, engajamento, autoconfiança, entre outros;
- Empatia é algo para ser ensinado a todo momento: ajudar um amigo com o idioma, se colocar no lugar dele quando ele está com saudades de casa, vivenciar outras culturas, perceber diferenças e conhecer costumes de outras culturas são alguns exemplos;
- Respeito e Tolerância: Conhecendo pessoas diferentes, com culturas diferentes, aprende-se a respeitar e a tolerar diferenças;
- Ensinar sobre como lidar com o dinheiro na prática faz com que eles deem valor ao dinheiro e ao que tem, aprendendo sobre planejamento, organização, economia e valorizar as suas oportunidades.
Com planejamento dá certo.
Espero que esse texto tenha lhe ajudado a pensar para lhe ajudar em como educar nossos filhos para esse mundo que não temos certeza de como será.
Se preparar para um intercâmbio muitas vezes exige planejamento financeiro e burocrático (prazos, vistos, etc.), mas lembre-se que pra tudo na vida é assim também! Com planejamento você tem muito mais chances de alcançar os seus objetivos.
Sonhamos sempre em dar mais ao nossos filhos em relação ao que tivemos. Foque em dar mais educação, cultura, oportunidades e experiências relevantes. Isso sim será uma bagagem que ele levará para a vida toda.